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Grande Auditório Francisca Abreu

SÁBADO 9 NOVEMBRO, 21H30

Maria Schneider & Clasijazz Big Band

Guimarães Jazz 2024
Música

Maiores de 6

Unanimemente considerada um dos nomes maiores do jazz orquestral do presente e uma das mais prestigiadas compositoras e arranjadoras de big band do mundo, em resultado de um percurso notável de mais de quatro décadas ao mais alto nível da música internacional, Maria Schneider regressa em 2024 a um palco que teve o privilégio de a receber por diversas ocasiões, a primeira das quais no início do milénio (2001) e a última já em pleno século XXI, mais precisamente em 2015, ano em que apresentou ao público do festival o magnífico álbum “The Thompson Fields”. O seu corpo de trabalho composicional transcende géneros musicais e é caraterizado, segundo as palavras de um crítico de jazz proeminente, por uma “criatividade holística”, num limbo frutuoso entre a emoção e o conceptualismo; já as suas capacidades como condutora e arranjadora denotam uma precisão e um sentido lírico invulgares que justificam o imenso prestígio desta figura incontornável da música atual. Neste concerto do Guimarães Jazz, Maria Schneider dirigirá a orquestra espanhola Clasijazz numa viagem retrospetiva pela sua carreira e obra musical, com paragens em trabalhos mais antigos e, espera-se, incursões pontuais noutros mais recentes, como o seu último registo discográfico, “Data Lords”, editado em 2022.

Maria Schneider nasceu em 1960 no estado do Minnesota e, após o seu período formativo em música, foi introduzida profissionalmente no jazz pela mão de Gil Evans, de quem foi assistente e com quem colaborou, entre outros trabalhos, na composição da banda-sonora do filme “A Cor do Dinheiro”, de Martin Scorcese, e de arranjos para os concertos do famoso vocalista Sting. Em 1988, Schneider funda a sua primeira banda, em parceria com o trombonista John Fedchock, e, quatro anos depois, nasce a Maria Schneider Jazz Orchestra. A sua estreia discográfica em nome próprio tem lugar com a edição do álbum “Evanescence” (1994) e o primeiro grande momento de consagração institucional do nome da compositora norte-americana no circuito jazzístico mainstream chega com a atribuição do primeiro Grammy de Melhor Grande Ensemble de Jazz pelo álbum “Concert in The Park” – uma obra que cruza o jazz e a tradição clássica com influências da música brasileira e do flamenco, e que, em 2019, foi selecionada para preservação pela Biblioteca do Congresso norte-americano dada a sua extraordinária “relevância cultural, histórica e estética”. Em paralelo ao seu trajeto como compositora e condutora, Schneider colaborou também ao longo do tempo com inúmeras orquestras e artistas de prestígio, sendo justo mencionar, pela dimensão simbólica desta colaboração, a sua contribuição para os arranjos do álbum “Blackstar”, o derradeiro (e testamentário) documento criativo do grande artista pop David Bowie. Para além da dimensão superlativa da sua obra, é importante também guardar uma palavra final para o ativismo de Maria Schneider pela proteção dos direitos de propriedade intelectual e denúncia das práticas predatórias dos novos monopólios digitais, uma causa de inegável pertinência no contexto cultural do presente.

Nesta 33ª edição do Guimarães Jazz, a orquestra responsável pela interpretação das composições de Maria Schneider será a Clasijazz Big Band, uma formação relativamente recente nascida do Projeto Clasijazz – uma instituição artística andaluz ativa na divulgação do jazz e da música improvisada em Espanha – e que, no ano de 2020, evoluiu para um formato profissional que reúne dezassete prestigiados músicos espanhóis. A atividade desta big band é centrada em colaborações com músicos e maestros convidados, interpretando ou o reportório clássico de nomes históricos do jazz (como Glenn Miller, Benny Goodman ou Duke Ellington, entre outros) ou o trabalho original de compositores contemporâneos. Este é o caso de Maria Schneider, que neste concerto, usando a Clasijazz Big Band, revisitará composições antigas e, esperamos, fará incursões nas suas obras mais recentes, entre as quais o seu último álbum “Data Lords”, escrito para um grupo de dezoito músicos de excelência do jazz atual.

Maria Schneider, direção musical

Philippe Thuriot, acordeão

Joan Mar Sauqué, Bruno Calvo, Pep Garau, José Carlos "Pepelu" Rodriguez, trompetes

Rita Payés (+ voice), Tomeu Garcías, Miguel Moisés, Pedro Pastor, trombones

Irene Reig, Enrique Oliver, Tete Leal, Pedro Cortejosa, Francisco "Latino" Blanco, saxofones e sopros

Dahoud Salim, piano

Jaume Llombart, guitarra

Bori Albero, contrabaixo

Andreu Pitarch, bateria

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